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Tempo de mudanças

Mudanças são necessárias e inevitáveis.

A gente muda de trabalho, amigos, gostos, o tempo todo. Mudamos de casa, de cidade, de país. Mudamos nossa forma de pensar e agir.

Para mim, as mudanças são essenciais e desejáveis, já que é assim que nossa energia circula e se renova. Nem sempre é fácil, mas mudar é preciso!

Uma coisa é certa em qualquer contexto de mudança: sempre haverá muito stress envolvido.

Agora pensem comigo: se uma mudança é cansativa para nós, humanos, que somos criaturas com capacidade de nos prepararmos para o futuro, estudar todas as possibilidades e buscar alternativas para lidar com o stress, imaginem como é para um gato?

Os gatos não gostam de nenhum tipo de mudanças. Falo com segurança.

Eles são extremamente apegados ao território e à rotina deles. Uma mudança de ambiente e de costumes pode gerar uma insegurança enorme no gatinho, que pode afetar sua saúde mental e até física.

Comecei esse texto fazendo essas considerações porque quero contar para vocês da minha experiência pessoal de mudar de casa com meu gatinho, o Délber.

Recentemente mudei de casa, cidade, estado, país e rotina. E meu gato mais velho me acompanhou nesse processo.

Foi fácil? Não! Claro que não! Na verdade, ainda não tem sido nada fácil.

(se você começou a cantar “Não está sendo fácil”, pode retirar sua carteirinha de velhote nostálgico na recepção!)

Entretanto, tem sido um processo muito enriquecedor e recompensador para mim.

Por diversos motivos que não cabem aqui, eu e meu marido decidimos nos mudar para Buenos Aires, capital da Argentina, e o fizemos há cerca de 15 dias. Além de resolver todas as questões práticas de uma mudança, tínhamos que pensar na mudança do Delber, nosso filhote mais velho.

Uma questão que quero pontuar aqui é que temos outros pets no Brasil, e optamos por não os trazer por uma série enorme de motivos! A decisão de trazer um só e o porquê de ser o Délber eu posso explicar em um outro texto, se vocês acharem legal saber.

A PREPARAÇÃO

A primeira coisa que fizemos foi escolher a companhia aérea com base nas especificações para o transporte de pets, e então compramos nossas passagens e a “passagem” do Delbinho – eu coloquei assim entre aspas porque o valor cobrado pelo transporte do pet não é exatamente o de uma passagem normal, mas sim uma taxa. Eu falei um pouco disso no post que contei da viagem da Zoe para os Estados Unidos, mas vale repetir: na maioria das companhias aéreas o cão ou gato pode viajar no porão ou na cabine, dependendo do seu tamanho, peso e/ou raça, e o valor da taxa depende da maneira que ele irá viajar.

Depois da passagem garantida, escolhemos a caixa de transporte ideal para o Délber viajar conosco na cabine do avião. O modelo escolhido foi esse abaixo, que atende às especificações da companhia aérea.

O Nome Do Modelo é Aerial Pet
O nome do modelo é Aerial Pet

Isso é super importante: a caixa de transporte não pode ter nenhum milímetro a mais do que as medidas que a companhia informar! Isso deve ser respeitado não só porque é regra da empresa, mas também porque o espaço onde a caixinha tem que caber (embaixo do assento à frente do seu) é bastante reduzido.

Só achamos esse modelo específico, com as medidas exatas, na internet. Nas lojas físicas em Belo Horizonte não encontramos nenhuma caixinha que fosse compatível com o que precisávamos, nem nos maiores pet shops! Até fiz uma série se stories no Instagram falando sobre isso, vale a pena confer.

Assim que compramos a caixa, já iniciei o treinamento do Délber para se adaptar a ela. Usamos muito reforço positivo, especialmente com sachê (que é uma das coisas preferidas do Delbinho) e petiscos. Ele começou a ganhar o sachê dentro da caixinha (com ela ainda aberta) e sempre ganhava um petisquinho quando entrava sozinho. Depois, passou a dormir quase a noite toda dentro dela. Uma vitória!

Dica top top top: quanto mais tempo o pet (serve para cachorro ou gato) ficar dentro da própria caixa de transporte, mais ele deixará o cheiro dele no lugar, e mais confortável ele se sentirá! E aí começa um ciclo virtuoso: quanto mais ele fica na caixa, mais tempo ele irá querer ficar. Deu para entender?

Dica top top top [2]: usamos catnip (a erva do gato) e Feliway (ferormônio para gatos) para ajudar no processo de adaptação do Delbinho. Vale usar essas ferramentas sempre! Para cães há o Adaptil, que é um ferormônio de bem estar.

Délber Dormindo Na Caixa De Transporte
Délber dormindo na caixa de transporte
A VIAGEM

Quando chegou o dia da viagem, Délber já estava acostumado com sua caixinha e sua toalhinha, que foi junto com ele. Isso ajuda muito a reduzir o stress do bichinho! Usamos a toalha que ele já gostava para cobri-lo em alguns momentos dos voos e também para deixa-lo mais confortável na caixa.

Cobrindo Delbinho Com A Toalha No Voo
Cobrindo Delbinho com a toalha no voo

Outras medidas importantes e essenciais que tomamos antes da viagem: consulta com a veterinária para o check-up completo da saúde dele, preparação da documentação para sair do Brasil e entrar legalmente na Argentina e a preparação de um “kit gato” para trazer para a cá.

Cateira De Vacinação, Certificado Veterinário Internacional E Atestado De Saúde
Cateira de vacinação, Certificado Veterinário Internacional e Atestado de Saúde

Nesse kit tinham sachês e ração para os primeiros dias, remédios de uso contínuo que ele toma, alguns brinquedinhos dele… Além disso, o papai do Délber comprou um GPS para ele! É um “tracker”, muito bacana mesmo. Em outro post conto em mais detalhes para vocês, mas segue uma foto para vocês terem ideia:

A CASA NOVA

Chegamos à nossa casa nova há menos de duas semanas, e sinto que agora Delbinho está uns 70% adaptado à vida nova.

O primeiro dia foi muito difícil. Ele tentou se esconder em todos os cantos da casa, chorou muito e ficou muito assustado de um modo geral. A sensação que tive é que ele precisava ter a referência visual minha ou do pai dele o tempo todo para não ficar apavorado. Com o passar dos dias isso foi passando e ele foi relaxando. Ele já está comendo normalmente e a usando a caixa de areia também, tudo como de costume no Brasil.

No momento estamos tentando acostumá-lo a ficar sozinho o máximo de tempo possível, para que ele não sofra quando a gente fica muito tempo fora de casa. Mais uma vez, estamos fazendo associações positivas e recompensando-o sempre com o que ele gosta.

Délber também está aprendendo a usar peitoral e guia para passear. Não acredito que ele vai ficar tão relaxado a ponto de sair na rua conosco, mas ele tem gostado de passear no corredor do nosso prédio e explorar o jardim.

Gostaram do meu relato de mudança com meu gatinho?

Seguem mais algumas fotos para vocês verem como ele está aqui em Buenos Aires!

Se quiserem me perguntar alguma coisa, é só entrar em contato!

Beijos, pet lovers!

Carol

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