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Crianças e Pets

Crianças e bichinhos são uma combinação incrível, não é mesmo? A relação entre eles pode ser maravilhosa, mas demanda alguns cuidados para que tudo dê certo.

Tanto a chegada de um bichinho de estimação quanto de uma criança em um lar é motivo de muita alegria. O convívio entre eles pode ser excelente e muito rico!

Crescer convivendo com pets dá à criança a oportunidade de aprender princípios que serão importantes por toda a vida. Responsabilidade, troca de afeto, respeito, empatia e até mesmo a autoestima podem se desenvolver melhor graças à presença do animal na família.

Porém, alguns cuidados são imprescindíveis para que essa convivência seja sempre segura e agradável tanto para a criança quanto para o pet. Para os pais, é normal se perguntar se os filhos terão maturidade para respeitar o espaço do pet, assim como para assumir certas responsabilidades nos cuidados com ele.

Além disso, há a preocupação de saber se o bichinho irá gostar da criança. Essa relação ter que ser de mão dupla, afinal! Assim, o esforço para acostumar os dois deve ser constante, para que não haja estranheza de nenhuma das partes.

OS BENEFÍCIOS

Compartilhar a vida com um animal de estimação tem inúmeros benefícios para as crianças. É bom para a saúde, para a socialização e para o desenvolvimento cognitivo das crianças, além de estimular a afetividade das crianças.

Alguns dos benefícios da companhia dos pets que as pesquisas apontam são os seguintes:

  • Desenvolvimento afetivo e educacional acima da média;
  • Fortalecimento do sistema imunológico – a criança fica mais resistente a algumas bactérias e vírus;
  • Redução do índice de problemas alérgicos, da asma, bronquite e dermatite crônica;
  • Diminuição da ansiedade e do estresse;
  • Menor incidência de problemas como sedentarismo e obesidade,
  • Melhora do desenvolvimento muscular,

Outra consequência positiva do convívio com pets é o estímulo a ter atitudes mais positivas no dia a dia. Com os pets, as crianças aprendem a ser mais afetivas, solidárias e cuidadosas. Ter um pet ensina a criança a ter empatia com outros seres vivos. Alguns pais também relatam que as crianças que crescem com bichos de estimação se tornam mais organizadas e compromissadas, pois aprendem desde cedo que ter rotina é indispensável.

Ter um animal de estimação pode ser muito bom também para incentivar a criança a investir o tempo dela nos seus interesses específicos. Incentivar a criança a ler sobre o seu animal favorito, brincar com o gatinho ou o cachorro, participar das aulas de adestramento com os pais e o animal de estimação pode ajudar no desenvolvimento cognitivo e no desejo de aprender da criança. Isso também faz com que ela entenda sua importância e sua posição social na família e na vida daquele animalzinho.

No campo social, os pets podem ser grandes facilitadores sociais. Por exemplo, as crianças são mais propensas a se aproximar e interagir com outra criança que tem um animalzinho. Podemos dizer que a companhia de um animalzinho de estimação prepara a criança para o convívio com outras pessoas e outros animais também.

PREOCUPAÇÕES

Antes de decidir ter um bichinho, a família deve avaliar não somente a vontade de ter um pet em casa, mas também a rotina e as possibilidades da família para que o ato seja realmente o melhor para todos.

Já falei isso algumas vezes aqui no blog – e no podcast, no Instagram, no Twitter, também – mas sempre vale repetir: pets não são brinquedos, são vidas que merecem respeito, cuidados e atenção até sua morte. Por isso, é super importante não ceder aos impulsos e pesquisar muito antes de decidir ter um bichinho.

Uma das grandes preocupações dos pais é a segurança da criança e do animalzinho na interação entre eles.

Na minha opinião, uma criança com idade a partir de 4 ou 5anos já tem uma compreensão um pouco mais clara das necessidades e dos limites dos pets. Entretanto, seja em qualquer idade que a criança tenha, é responsabilidade dos pais orientá-la em seu comportamento com os bichinhos. A interação deve ser supervisionada o tempo todo.

É comum vermos crianças querendo demonstrar carinho apertando muito o bichinho ou pegando o animal de qualquer jeito. O bichinho pode se sentir ameaçado e reagir agressivamente.

É essencial explique para os pequenos o jeito certo de brincar com o pet e de demonstrar carinho com mais suavidade, respeitando o espaço do animal. No longo prazo, pets estressados tendem a desenvolver problemas de comportamento, como destruição da casa ou mesmo agressividade com humanos, então é essencial que a interação com a criança não alimente o stress no pet.

Os responsáveis devem orientar a criança sempre que ele não estiver respeitando o espaço do cachorro ou do gato. Faça perguntas que levem a criança a refletir, como “Você gostaria que te apertassem desse jeito ou que não deixassem você dormir?”.

Em uma outra situação, como ao encontrar um cachorro passeando com o tutor, por exemplo, ensine a criança a perguntar se o cachorro é manso e se gosta de carinhos antes de tocar no bichinho.

Conforme a criança for crescendo, os pais poderão começar a dar algumas responsabilidades para os filhos, como colocar a ração no comedouro e trocar a água, mas sempre com acompanhamento e supervisão para que o pet tenha todas as suas necessidades atendidas.

Acima de tudo, ensine seu filho que um animal de estimação não é brinquedo, mas um ser vivo, que sente dor, fome, sede, medo, e que precisa de carinho e também de respeito e cuidados. Assim, a relação entre eles será sempre segura e saudável, com aprendizados importantes para o desenvolvimento infantil.

CUIDADOS NECESSÁRIOS

Se você já tiver um pet em casa quando seu bebê chegar, é muito importante preparar seu bichinho para essa mudança. O animal tem que se acostumar com a situação, porque ele estava ali primeiro, antes do intruso, entre mil aspas, chegar.

Cachorros e gatos podem se sentir inseguros se sentirem que seus recursos estão ameaçados – e por recursos podemos entender como alimento, água, espaço e, claro, seus tutores.

Se antes o tutor tinha toda sua atenção voltada para o pet, agora precisará dividir isso com o bebê e alguns animais podem se sentir enciumados, depressivos ou ficar agressivos nessa situação.

A dica aqui é mostrar ao pet que a criança não representa uma ameaça. Não deixe seu bichinho totalmente sozinho ou abandonado. Continue dando atenção a ele, inclusive quando estiver perto do neném, para que ele perceba que não precisa disputar a sua atenção e que tudo bem dividi-la com outro ser.

Outra ideia bem legal é permitir que o cão ou gato participe de tudo da vida do bebê. Ao montar o quartinho dele, por exemplo, deixe que o pet explore tudo. Cheire os móveis, conheça o espaço. Isso é importante para que ele veja que a casa ainda é dele, ele não está sendo excluído de nada importante da família.

Na hora de começar a aproximar o bebê e o animal de estimação, é preciso ir com calma e ter muita paciência. Aos poucos o pet vai se acostumando com a presença do neném e logo estará se sentindo como se nada tivesse acontecido.

Já para a criança, ela irá crescer com a presença constante de um bichinho em casa, e saberá que a família multiespécie é a “nova norma”.

Para finalizar o post, quero fazer uma consideração importante:

Não leve um bichinho para casa se você precisa resolver problemas de relacionamento entre as crianças ou até entre os adultos. Um animal de estimação não deve ser visto como um apoio para solucionar dificuldades familiares. A família deve estar pronta e disposta a receber um pet. As responsabilidades devem estar muito bem definidas e claras antes da chegada do pet.

Não dê um bichinho para uma criança pequena esperando que ela saberá como cuidar perfeitamente daquele animal, pois ela não saberá, eu te garanto isso. Nem nós, adultos, sabemos ao certo! Caberá a você, como pai, mãe ou responsável pela criança, ensinar e supervisionar toda a interação entre a criança e o bichinho.

É importante parar e pensar se você vai ter tempo e disposição para cuidar e supervisionar as interações do animal com as crianças. Do contrário, tanto o pet quanto a criança podem sair prejudicados. Você, adulto, é o único responsável pela qualidade de vida do pet que você leva para casa.

Ou seja, as vantagens de ter um bichinho em casa são para todos, mas a responsabilidade é dos adultos.

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